sexta-feira, 2 de março de 2012

09/02/12

“Deixe-me me ver teu sorriso”, ele disse. Mas como poderia? Em meio a tanta mágoa a menina só conseguia pensar que não queria mais sofrer, não mais. Ela só conseguia pensar que queria ser forte, tão forte que chegasse a ser incapaz de sentir. Quer seja amor, ou ódio. Ela só queria se libertar, se libertar das mágoas, do sofrimento, da opressão. Ela era tão sozinha, sentia tudo isso e guardava para si. A falta de compreensão da mãe, a ausência do pai e a sua timidez. Como poderia ela agüentar tudo isto? Era demais pro seu coraçãozinho, tão frágil e carente. Logo ela que aparentava ser tão forte tão altruísta e responsável, logo ela... Precisava de um pouco de amor. “Tudo que você precisa é amor”, ele disse, e repetiu, e repetiu. E tinha razão. Mas como poderia haver amor num coraçãozinho tão machucado? Será que ele tinha resposta pra isso? Só sei que ele era o único que podia entendê-la. A menina que seus únicos melhores amigos era um deus do rock e um cachorro. O primeiro, que era tão parecido com ela como poucos poderiam imaginar com sua música ele tocava seu coração, mesmo depois de anos. Com sua música ele alcançava seus sentimentos mais profundos. Seu melhor amigo. Seu único amigo.

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